Em entrevista à "CNN", senador afirmou que Três Poderes têm receio de investigar o caso da instituiçãoEm entrevista à "CNN", senador afirmou que Três Poderes têm receio de investigar o caso da instituição

Vieira defende CPI para apurar suspeita de relação de Moraes com Master

2025/12/23 23:28

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) defendeu na 2ª feira (22.dez.2025) a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar uma possível relação entre o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e o Banco Master. Em entrevista à CNN Brasil, disse que o objetivo seria “colocar luz nos fatos”

“O objetivo com uma Comissão Parlamentar dessa é colocar luz nos fatos. Ninguém está condenando previamente a doutora Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes, o próprio ministro ou quem quer que seja. Mas fatos dessa relevância têm que ser apurados”, afirmou. Vieira chamou de “promiscuidade” a relação entre o ambiente político, empresarial e da advocacia.

​​Circularam rumores, nos últimos meses, em Brasília e no mercado financeiro, sobre uma pressão do ministro do STF sobre o Banco Central durante o processo que culminou no veto à venda do Banco Master para o BRB (Banco de Brasília) e, posteriormente, na liquidação da instituição. O BC vetou a operação em 3 de setembro de 2025 e decretou a liquidação do Master em 18 de novembro.

Os rumores ganharam força também em razão da contratação da advogada Viviane Barci, mulher de Moraes, pelo Banco Master. Seus honorários seriam de R$ 3,6 milhões por mês, por 36 meses, totalizando R$ 129 milhões ao final da prestação de serviços. Essas informações foram divulgadas pela jornalista Malu Gaspar. Viviane e o Master nunca contestaram os dados parciais já publicados.

O senador disse que os Três Poderes têm receio de apurar a situação Banco Master por causa do expressivo volume de recursos envolvidos. Vieira afirmou ainda que outros casos, como de desvios de emendas e da fraude do INSS, também envolvem os Poderes da República. “Ninguém coloca de pé um esquema de crime deste tamanho, sem conivência do aparelho estatal”, declarou.

REUNIÃO

O ministro Alexandre de Moraes informou em nota nesta 3ª feira (23.dez.2025) que realizou reuniões com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e com dirigentes de instituições financeiras para tratar exclusivamente das consequências da aplicação da Lei Magnitsky, imposta pelos Estados Unidos ao magistrado em 30 de julho de 2025.

Os esclarecimentos circulam diante dos rumores de pressão de Moraes durante o processo de venda do Master ao BRB. O BC confirmou o encontro. “O Banco Central confirma que manteve reuniões com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky”, diz a nota.

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