Foguete Hanbit-Nano — Foto: INNOSPACE/ Divulgação
A explosão do foguete HANBIT-Nano, da empresa sul-coreana Innospace, lançado na última segunda-feira (22), continua gerando prejuízos para a companhia. Segundo a Reuters, o incidente ocorrido no Maranhão, às 22h13, provocou uma forte queda nas ações da empresa, listadas na Coreia do Sul. Os papéis recuaram cerca de 24% após o episódio, registrando a maior queda intradiária desde agosto.
Em uma carta publicada no site oficial da Innospace, o CEO Kim Soo-jon pediu desculpas aos acionistas pelo ocorrido e lamentou não ter conseguido corresponder às expectativas.
O HANBIT-Nano decolou cinco dias após a data inicialmente prevista. De acordo com informações da Força Aérea Brasileira (FAB), o foguete iniciou o voo normalmente, mas uma “anomalia” foi identificada cerca de dois minutos após a decolagem. O problema fez com que o veículo perdesse estabilidade e atingisse o solo pouco tempo depois.
O lançamento, considerado malsucedido, ocorreu no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. O modelo HANBIT-Nano marca a entrada da Innospace no Brasil e sua estreia no mercado espacial global.
A empresa busca competir com as principais potências do setor, como Estados Unidos, Europa e China.
Atualmente, o centro de lançamento é administrado pela Força Aérea Brasileira, que atua como braço militar do Programa Espacial Brasileiro (PEB). Além disso, o CLA sediará a Operação Spaceward 2025, missão que pretende colocar satélites em órbita a partir do território brasileiro.


