Desejos secretos estão sendo atendidos por IAs; entenda essa nova tendência

O relatório, que analisou mais de 20 estudos sobre o uso de IA no contexto sexual, apontou que robôs podem lidar com desejos intensos de seus usuários sem hesitação ou desconforto. Michael, um dos principais analistas da revisão, explicou que, sem o atrito psicológico ou vergonha, as pessoas tendem a se aventurar mais rapidamente em práticas sexuais mais intensas e inovadoras. "Sem a presença do julgamento, a exploração se expande muito mais rapidamente, criando um ciclo de feedback em que as fantasias se ampliam mais do que o usuário pode processar", disse ao "The New York Post".

O estudo também revelou que os bots românticos, ou "companheiros virtuais", são projetados para atender a uma gama de necessidades emocionais e físicas, oferecendo desde um papel de confidente até participar de jogos eróticos e fantasias. A IA pode gerar inúmeras identidades, cenários e possibilidades sexuais sem necessidade de processamento emocional, uma característica que elimina os limites psicológicos que geralmente regulam o comportamento humano durante a exploração sexual.

"É uma tecnologia que não exige o peso emocional, e isso cria um espaço sem restrições para muitas pessoas experimentarem sem medo de julgamento", comentou o especialista. Ele também observou que essa nova dinâmica de relações virtuais está impulsionando o mercado de aplicativos de companhia com inteligência artificial, um fenômeno que tem chamado atenção para o que ele descreve como os "sexo a três digitais". A tendência de criar parceiros virtuais personalizados, sem limitações físicas ou emocionais, está projetada para se tornar uma das principais inovações sexuais em 2026.

Apesar do entusiasmo crescente, Salas expressou preocupações sobre o impacto de uma vida sexual desvinculada de conexões emocionais reais. "Quando a expressão sexual se desvincula da conexão humana, fica mais difícil para as pessoas se relacionarem de maneira genuína, com vulnerabilidade e crescimento emocional", alertou. "O risco não é que a IA substitua os parceiros humanos, mas sim que algumas pessoas deixem de buscar as partes da intimidade que são essenciais para o desenvolvimento pessoal e emocional", completou.