O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta 3ª feira (23.dez.2025) a saída temporária de Jair Bolsonaro (PL) da prisão para a realização de uma cirurgia. O ex-presidente está custodiado na Superintendência da PF (Polícia Federal, em Brasília), onde cumpre pena de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado.
Moraes autorizou que Bolsonaro seja conduzido ao Hospital DF Star na 4ª feira (24.dez) para a realização de exames preparatórios. O procedimento cirúrgico, para correção de duas hérnias inguinais, está marcado para o dia seguinte, 25 de dezembro. Leia a íntegra (PDF – 121 kB).
A decisão foi tomada depois da Polícia Federal concluir perícia médica que apontou a necessidade de reparo cirúrgico em caráter eletivo. Com base no laudo, o ministro já havia dado aval à cirurgia, mas aguardava a indicação das datas pela defesa, o que se deu nesta 3ª feira (23.dez).
Antes de decidir, Moraes abriu prazo para manifestação da PGR (Procuradoria Geral da República). Em parecer enviado ao STF, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que não havia objeção ao pedido da defesa, inclusive quanto à condução ao hospital e à presença de acompanhantes.
Na decisão, Moraes determinou que o transporte e a segurança de Bolsonaro sejam feitos pela Polícia Federal de forma discreta, com desembarque pelas garagens do hospital. A PF deverá manter vigilância integral durante toda a internação, com ao menos 2 agentes na porta do quarto, além de equipes internas e externas.
“A Polícia Federal deverá providenciar a completa vigilância e segurança do custodiado durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão. A Polícia Federal deverá garantir, ainda, a segurança e fiscalização 24 (vinte e quatro) horas por dia, mantendo, no minimo 2 (dois) policiais federais na porta do quarto do hospital, bem como as equipes que entender necessárias dentro e fora do hospital”, escreveu Moraes.
O ministro também proibiu a entrada de celulares, computadores ou quaisquer dispositivos eletrônicos no quarto hospitalar, exceto equipamentos médicos. A PF será responsável por fiscalizar o cumprimento da medida.
Moraes autorizou a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como acompanhante durante toda a internação. Outras visitas só poderão ser realizadas mediante autorização judicial.
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De acordo com o laudo pericial da PF, Bolsonaro precisa ser submetido a procedimento cirúrgico chamado de herniorrafia inguinal bilateral. O laudo e protocolos médicos para o caso indicam que o procedimento deve seguir a técnica convencional (aberta), que consiste nos seguintes passos:


