A perda de um bem por crime é uma situação traumática, mas o proprietário pode encontrar um alívio financeiro em relação aos tributos estaduais. Na maioria das regiões do Brasil, a legislação prevê que a obrigação de pagar o imposto cessa a partir do momento em que o contribuinte perde a posse do seu patrimônio.
Quando um carro ou moto é levado por criminosos, a legislação estadual geralmente interrompe a cobrança do imposto de forma proporcional ao tempo de privação do bem. Isso ocorre porque o fato gerador do tributo é a propriedade, que fica comprometida legalmente após o registro oficial do crime de furto ou roubo.
Em estados como São Paulo, a dispensa do pagamento pode ser automática assim que o boletim de ocorrência é registrado e integrado ao sistema da Secretaria da Fazenda. Caso o imposto do ano corrente já tenha sido quitado integralmente, o cidadão passa a ter direito à restituição dos meses em que não usufruiu do veículo.
IPVA deixa de ser cobrado após roubo ou furto do veículo
Para assegurar que as cobranças futuras sejam suspensas e que eventuais valores pagos sejam devolvidos, o proprietário deve seguir um rito burocrático rigoroso junto aos órgãos competentes. De acordo com as diretrizes do Portal de Serviços do Governo Federal, o processo exige atenção aos seguintes pontos:
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Caso as autoridades policiais localizem o bem e o devolvam ao proprietário, a cobrança do imposto é reativada de forma imediata e proporcional. O contribuinte deverá arcar com os custos referentes aos meses restantes do ano, contados a partir da data em que o veículo foi oficialmente entregue ao dono.
É fundamental que o cidadão informe ao Detran sobre a recuperação para que a baixa da restrição seja efetuada no sistema nacional. Sem essa atualização, o veículo continuará irregular para circulação, mesmo que esteja fisicamente com o proprietário legal, podendo gerar novas multas e apreensão.
IPVA deixa de ser cobrado após roubo ou furto do veículo – Créditos: depositphotos.com / vbacarin
O prazo para pedir a restituição do imposto varia entre os estados, mas geralmente o valor fica disponível para resgate por até dois anos após a liberação do lote. Em muitas localidades, o sistema de restituição segue um cronograma trimestral, devolvendo o dinheiro diretamente na conta bancária informada pelo contribuinte.
Se o proprietário perder o prazo estipulado pela Secretaria da Fazenda, ele ainda pode tentar reaver o valor por meio de um requerimento administrativo específico. Manter os dados bancários e o endereço atualizados no cadastro do Governo Estadual facilita o recebimento desses valores sem a necessidade de intervenção judicial.
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