Imagem da campanha das Havaianas com Fernanda Torres Reprodução A campanha de fim de ano das sandálias Havaianas, estrelada pela atriz Fernanda Torres, col Imagem da campanha das Havaianas com Fernanda Torres Reprodução A campanha de fim de ano das sandálias Havaianas, estrelada pela atriz Fernanda Torres, col

Por que nova campanha da Havaianas levou grupos de direita a pedirem boicote à marca

2025/12/22 20:27
Imagem da campanha das Havaianas com Fernanda Torres — Foto: Reprodução Imagem da campanha das Havaianas com Fernanda Torres — Foto: Reprodução

A campanha de fim de ano das sandálias Havaianas, estrelada pela atriz Fernanda Torres, colocou a marca no centro de uma nova disputa política nas redes sociais e levou apoiadores da direita a defenderem boicote aos produtos da empresa.

A reação foi motivada por um trecho do comercial em que a atriz afirma não desejar que as pessoas comecem 2026 "com o pé direito", expressão popularmente associada à sorte. Na peça publicitária, Torres diz que prefere desejar que o público comece o ano "com os dois pés", incentivando uma ideia de 'ação'.

A fala foi interpretada por políticos, influenciadores e militantes de direita como uma mensagem política velada.

Continuar lendo

Nas redes sociais, críticos acusaram a marca de misturar publicidade com ideologia e de adotar um suposto viés à esquerda. Alguns defenderam a substituição das Havaianas por produtos de marcas concorrentes.

Entre as reações, o deputado federal Rodrigo Valadares (PL-SE), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que a empresa estaria fazendo "campanha política explícita" e citou outras marcas de sandálias como alternativa. Já o vereador do Recife Gilson Machado Filho (PL), filho do ex-ministro do Turismo no governo Bolsonaro Gilson Machado, questionou em vídeo se a marca também passaria a ser alvo de boicote por parte do público conservador.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez um trocadilho com o slogan mais conhecido da marca, que é "Havaianas: todo mundo usa". O político mineiro sugeriu que as pessoas vão parar de usar as sandálias.

"Havaianas, nem todo mundo agora vai usar", escreveu Nikolas Ferreira nas redes sociais.

Influenciadores alinhados à direita também publicaram conteúdos criticando a campanha, dizendo que a empresa teria "misturado sandália com ideologia". Até a publicação deste texto, a empresa não havia se manifestado oficialmente sobre as acusações, e Fernanda Torres também não comentou a polêmica.

sem descrição — Foto: BBC News fonte sem descrição — Foto: BBC News fonte

A controvérsia surge em um momento em que as Havaianas ocupam um lugar simbólico forte na cultura brasileira. Criada nos anos 1960 como um calçado simples e funcional, associado à classe trabalhadora, a sandália de borracha passou por um processo de reposicionamento ao longo das décadas, especialmente a partir dos anos 1990, quando ganhou novos modelos, cores, parcerias e projeção internacional.

Hoje, a marca é vendida em dezenas de países e se tornou um dos produtos brasileiros mais reconhecidos no exterior, frequentemente associada à ideia de brasilidade, informalidade e estilo de vida descontraído. Essa identidade forte ajudou a empresa a se diferenciar em um mercado de produtos facilmente copiáveis — mas também a expôs a disputas simbólicas em um ambiente político cada vez mais polarizado.

A reação contra a Havaianas ocorre poucos dias depois de outra mobilização de grupos conservadores nas redes sociais, desta vez contra o SBT, após a emissora convidar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes para a inauguração do canal SBT News.

O episódio gerou críticas públicas e pedidos de boicote, inclusive por parte de artistas ligados ao campo conservador, embora também tenha provocado reações de figuras da própria direita, que classificaram o movimento como exagerado.

  • Como se vestir de brasileiro virou moda no exterior: 'Brazil core'
  • 'Resgatar o orgulho de ser brasileiro': o movimento para ressignificar o verde e amarelo antes da eleição e da Copa
  • Eleitor com medo da violência tem chance enorme de votar contra Lula, diz Felipe Nunes, da Quaest
Mais recente Próxima Brasil deve fazer primeiro lançamento de foguete comercial nesta segunda
Oportunidade de mercado
Logo de PortugalNationalTeam
Cotação PortugalNationalTeam (POR)
$0.4707
$0.4707$0.4707
+0.59%
USD
Gráfico de preço em tempo real de PortugalNationalTeam (POR)
Isenção de responsabilidade: Os artigos republicados neste site são provenientes de plataformas públicas e são fornecidos apenas para fins informativos. Eles não refletem necessariamente a opinião da MEXC. Todos os direitos permanecem com os autores originais. Se você acredita que algum conteúdo infringe direitos de terceiros, entre em contato pelo e-mail service@support.mexc.com para solicitar a remoção. A MEXC não oferece garantias quanto à precisão, integridade ou atualidade das informações e não se responsabiliza por quaisquer ações tomadas com base no conteúdo fornecido. O conteúdo não constitui aconselhamento financeiro, jurídico ou profissional, nem deve ser considerado uma recomendação ou endosso por parte da MEXC.