Toda eleição presidencial traz ruído, incerteza e interpretações apressadas sobre o que o mercado financeiro “gosta” ou “não gosta”. Mas um levantamento feito pelo Monitor do Mercado mostra que, em períodos eleitorais, a Bolsa brasileira segue um padrão histórico.
Historicamente, nos meses que antecedem as eleições, o Ibovespa, principal índice da B3, tende a apresentar maior volatilidade e desempenho mais fraco. Já após a posse do novo governo, costuma reagir de forma mais positiva, independentemente do vencedor.
No novo episódio do podcast Ligando os Pontos, Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor, analisa dados e mostra por que a incerteza pesa mais do que o resultado das urnas. Confira na íntegra:
Na semana da divulgação de uma nova pesquisa eleitoral da Genial/Quest para 2026, a Bolsa brasileira recuou cerca de 2%. O levantamento apontou ampla vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre possíveis adversários.
A leitura predominante entre analistas não foi política, mas fiscal. Parte do mercado passou a revisar expectativas sobre a política econômica a partir de 2027, especialmente em relação à possibilidade de um ajuste mais rigoroso nas contas públicas.
Também foi a primeira pesquisa sem o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou apoio a candidatura de seu filho Flávio Bolsonaro — a surpresa contribuiu para o aumento da incerteza.
A análise de dados históricos mostra que o comportamento do mercado em períodos eleitorais se repete em eleições de governos distintos, como Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro.
Nos seis meses anteriores às eleições, a Bolsa tende a apresentar desempenho inferior. Nos seis meses após a posse, o mercado costuma reagir melhor, à medida que as regras, prioridades e diretrizes econômicas ficam mais claras.
Isso acontece porque o mercado não reage a preferências políticas, mas à previsibilidade. Após a posse, mesmo que o governo eleito não seja bem recebido por parte dos investidores, há maior clareza sobre a condução da política econômica.
Essa previsibilidade permite que o mercado faça projeções, mesmo com risco de erro. No longo prazo, fatores como juros, inflação, cenário global e ciclo econômico passam a ter peso maior do que o evento eleitoral isolado.
Compreender esses padrões históricos é fundamental para quem planeja seus investimentos para as eleições de 2026. Identificar oportunidades em momentos de volatilidade pode ser o diferencial para a rentabilidade da carteira.
O Monitor do Mercado disponibilizou o e-book completo “Eleições, Incerteza e Bolsa” gratuitamente. O material detalha os números de cada ciclo eleitoral e traz bônus exclusivos, como a possibilidade de ter uma carteira personalizada por especialistas da Wiser | BTG Pactual.
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