O ex-governador do DF (Distrito Federal) José Roberto Arruda se filiou ao PSD (Partido Social Democrático) nesta 2ª feira (15.dez.2025) e reforçou sua pré-candidatura para voltar ao governo. No evento, em Brasília, disse que é preciso resgatar “segurança, saúde pública digna e educação pública exemplar” na capital federal.
“A nossa missão não será fácil, mas a nossa caminhada é necessária se quisermos resgatar Brasília. Precisamos resgatar essa cidade para que ela ofereça segurança, saúde pública digna e uma educação pública exemplar. Para resgatar Brasília teremos que construir 5 novas linhas do metrô”, disse Arruda, que atualmente está inelegível e busca reverter a condição na Justiça.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, participou do evento. Declarou que Arruda é “o melhor projeto para Brasília”.
“Essa noite traz uma expectativa positiva em relação ao futuro de Brasília. O PSD se organiza para disputar a eleição do ano que vem com os melhores quadros. O PSD de Brasília começa a construir um novo capítulo da sua história. Começa a se preparar para governar Brasília. Arruda é quem melhor conhece os desafios que Brasília tem pela frente. O melhor projeto para Brasília é Arruda”, declarou Kassab.
Assista (13min43s):
Mineiro de Itajubá, Arruda, 71 anos, foi senador (1995-2001), deputado federal (2003-2007) e governador do DF (2007-2010).
Engenheiro eletricista, foi funcionário de órgãos públicos antes de ser candidato. Foi diretor da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital) nos anos 1970, tornando-se diretor da CEB (Companhia Energética de Brasília) na década seguinte.
Foi trabalhando na administração pública que se aproximou de Joaquim Roriz (1936-2018). Quando este foi eleito governador para o mandato de 1991 a 1994, Arruda foi seu chefe de gabinete. Depois, exerceu cargo de secretário de obras durante o mandato de Roriz e foi com ele que Arruda começou a implementar o projeto de infraestrutura que viria a se tornar a principal marca de sua gestão à frente do Executivo distrital: o metrô.
Em 2010, Arruda teve o mandato cassado por suposto esquema de pagamento de propina e perdeu os direitos políticos. Ele se diz inocente no escândalo que ficou conhecido como a“farra dos panetones”. À época, Arruda disse que o dinheiro investigado serviria para comprar panetones a famílias carentes do DF.
A 1ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) rejeitou em outubro de 2025 um recurso de Arruda e manteve sua condenação por improbidade administrativa. A decisão foi referente a um dos processos da Operação Caixa de Pandora, que investigou o esquema de corrupção no governo distrital em 2009.
Com a decisão da Corte, Arruda fica impedido de disputar cargos eletivos por causa de suas condenações. Se não houver mudança na interpretação da Justiça, Arruda pode ficar inelegível até 2032.
Fábio Souto, advogado especialista em direito criminal, afirmou que a Lei Complementar 2019 de 2025 alterou em setembro de 2025 a Lei da Ficha Limpa para estabelecer que a inelegibilidade começa a ter efeito a partir da decisão que decretar a perda do mandato ou da renúncia e não mais do fim do mandato. Segundo o especialista, isso pode beneficiar Arruda.
O prazo final para a Justiça Eleitoral receber os registros dos candidatos é 15 de agosto de 2026. O advogado declarou que, se Arruda realmente se candidatar ao governo do DF, a Justiça Eleitoral dará seu entendimento sobre a nova legislação. Ou seja, a elegibilidade ou não de Arruda só será analisada no momento do registro da candidatura. Até lá, ele pode ser pré-candidato ao governo do DF.
Segundo Deborah Toni, advogada especialista em direito constitucional, Arruda pode se filiar e ser anunciado como pré-candidato por enquanto por 3 razões:
“A inelegibilidade, de fato, só é analisada dentro do pedido de registro”, afirmou Volgane Carvalho, integrante da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político).
Levantamento divulgado pela Paraná Pesquisas em 30 de outubro de 2025 mostrou que, na disputa pelo governo do DF, Arruda aparecia em 2º lugar nas intenções de voto (29,8%). Ele só estava atrás da atual vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), que tinha 32,2% das intenções de voto. Pela margem de erro, eles estavam em empate técnico. Leia a íntegra do estudo (PDF – 543 kB).
Em 3º lugar estava Leandro Grass (PT), com 11,8%, seguido por Ricardo Cappelli (PSB), com 6,4%, e por Paula Belmonte (Cidadania), com 6,0%.
A pesquisa ouviu 1.506 eleitores do Distrito Federal de 23 a 27 de outubro de 2025. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro aproximada é de 2,6 pontos percentuais. As eleições serão realizadas em outubro de 2026.

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