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Analistas veem Tenda (TEND3) puxar o freio no guidance e expor gargalos para crescer em 2026

2025/12/16 04:15

Analistas veem Tenda (TEND3) puxar o freio no guidance e expor gargalos para crescer em 2026

Tenda (TEND3) saiu do Investor Day com uma mensagem mais cautelosa do que o mercado esperava. Na avaliação dos analistas do BTG Pactual, o evento trouxe números conservadores para 2026, revelou limites claros para o crescimento da marca Tenda e reforçou que a principal aposta estratégica da companhia segue concentrada na reorganização da Alea, sua plataforma industrializada de moradias.

Segundo relatório do BTG, divulgado após o encontro com investidores, a construtora apresentou um guidance para 2026 cujo ponto médio ficou 6% abaixo do consenso e 14% inferior às estimativas do próprio banco, sinalizando que a administração optou por calibrar expectativas em um momento ainda marcado por restrições operacionais e desafios estruturais Tenda.

A leitura dos analistas é que, embora o cenário para habitação popular siga favorável, especialmente dentro do programa Minha Casa Minha Vida, a empresa deixou claro que não consegue acelerar lançamentos no ritmo que o mercado poderia imaginar, principalmente por limitações no banco de terrenos.

Guidance abaixo do consenso chama atenção do mercado

No Investor Day, a Tenda divulgou suas projeções financeiras consolidadas para 2026, estimando receita líquida entre R$ 5,35 bilhões e R$ 5,95 bilhões, sendo a maior parte proveniente da marca Tenda, enquanto a Alea deve responder por R$ 350 milhões a R$ 450 milhões. Para o EBITDA, a companhia projetou R$ 950 milhões a R$ 1,05 bilhão na Tenda, enquanto a Alea deve permanecer negativa, com EBITDA entre -R$ 50 milhões e -R$ 70 milhões.

O lucro líquido consolidado esperado para 2026 ficou entre R$ 520 milhões e R$ 600 milhões, além de um consumo de caixa da Alea estimado entre R$ 60 milhões e R$ 80 milhões. Para o BTG, o conjunto desses números sugere uma postura conservadora, especialmente em margens, já que a empresa manteve provisões relevantes no orçamento de obras Tenda.

Apesar disso, o banco avalia que o guidance não compromete a tese de investimento e reiterou recomendação de compra, destacando que o papel negocia a um múltiplo atrativo, próximo de 5 vezes o lucro estimado para 2026.

Landbank limita Tenda; Alea tenta destravar escala

Um dos pontos centrais do Investor Day, segundo o BTG, foi o reconhecimento explícito de que o landbank é hoje o principal gargalo para o crescimento da Tenda. Mesmo em um ambiente favorável para o segmento de baixa renda, a empresa afirmou que a escassez de terrenos impede a ampliação dos lançamentos para além de 25 mil unidades por ano, fator que ajuda a explicar o tom mais contido do guidance.

Como resposta, a companhia pretende diversificar o mix de lançamentos em 2026, aumentando a participação de projetos enquadrados no MCMV Faixa 3, que podem chegar a cerca de 30% dos lançamentos, ante aproximadamente 13% atualmente. Segundo os analistas, essa mudança pode favorecer margens, ao elevar preços médios e reduzir riscos regulatórios, como dependência do orçamento do FGTS.

No caso da Alea, a estratégia apresentada envolve uma redução do footprint geográfico, com foco em apenas três regiões do estado de São Paulo, combinada com um movimento mais agressivo de verticalização total das operações, principalmente por meio da formação de equipes próprias de mão de obra. Para o BTG, a dificuldade histórica da Alea em ganhar escala segue no radar, mas a administração reiterou confiança na tese, citando demanda estrutural por moradias, ganhos de industrialização e maior eficiência tributária após a reforma fiscal.

Ao final, o Investor Day deixou claro que a Tenda escolheu um caminho mais prudente: menos ambição no curto prazo, maior transparência sobre limitações operacionais e foco em ajustes estratégicos que sustentem crescimento e rentabilidade nos próximos ciclos.

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