O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,25% em outubro na comparação com setembro, quando o indicador havia registrado queda de 0,19%O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,25% em outubro na comparação com setembro, quando o indicador havia registrado queda de 0,19%

Prévia do PIB (IBC-Br) recua 0,25% em outubro, abaixo do esperado

2025/12/15 23:24

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,25% em outubro na comparação com setembro, quando o indicador havia registrado queda de 0,19% (revisado de um recuo de 0,24%), conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (15).

O resultado mensal de outubro ficou abaixo das estimativas do mercado, que variavam entre uma queda de 0,5% e alta de 0,56%.

O IBC-Br é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e é acompanhado por investidores por antecipar tendências da atividade econômica.

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Antônio Ricciardi, economista do Banco Daycoval, destaca que ultimamente o IBC-Br tem mostrado uma variação inferior àquela apontada pelo PIB, principalmente após a última revisão do IBGE.

No entanto, ao observar os vetores e os setores com maior e menor magnitude, é possível notar bastante similaridade, com resultados nos mesmos sentidos.

O economista aponta ainda que o IBC-Br vem mostrando desempenho muito mais fraco que o esperado, uma vez que o mercado esperava um resultado próximo da estabilidade. A queda de 0,2 foi puxada principalmente pelo desempenho de indústria e serviços, ainda com o desempenho positivo do agro com a safra excelente de milho.

Resultado trimestral e acumulado do IBC-Br

No trimestre encerrado em outubro, o IBC-Br apresentou queda de 0,21% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já na comparação anual, o indicador teve alta de 0,38%.

No acumulado de 12 meses encerrados em outubro, o índice avançou 2,52%, enquanto no acumulado do ano, a variação positiva foi de 2,41%.

Segundo o Banco Central, devido às constantes revisões, o resultado acumulado em 12 meses tende a ser mais estável que a variação mensal do indicador.

A média móvel trimestral (utilizada para captar tendências da atividade econômica) registrou queda de 0,02% em relação aos três meses encerrados em setembro.

Agropecuária sustenta alta, enquanto demais setores recuam

O Banco Central também divulgou as aberturas setoriais do IBC-Br — o IBC-Br da agropecuária subiu 3,07% em outubro ante setembro, após ter avançado 1,86% no mês anterior (dado revisado de uma alta de 1,51%).

Já o IBC-Br ex-agropecuária, que exclui os efeitos do setor agropecuário, caiu 0,31% na margem, após queda de 0,29% em setembro (revisada de -0,37%).

Entre os principais segmentos:

  • Serviços: registrou queda de 0,23%, após recuo de 0,01% em setembro (revisado de -0,09%)
  • Indústria: teve retração de 0,74%, após queda de 0,69% no mês anterior (revisado de -0,66%)
  • Impostos: teve um recuo de 0,39%, após queda de 0,74% em setembro (revisado de -0,65%)

O índice de impostos é equivalente, em linhas gerais, à rubrica de impostos líquidos sobre produtos do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo o Banco Central, por conta das diferenças metodológicas, é esperado que as divergências entre o IBC-Br e as Contas Nacionais do IBGE sejam maiores nas aberturas setoriais do que nos indicadores agregados.

IBC-Br na comparação interanual

Na comparação com outubro de 2024, o IBC-Br total aumentou 0,38% na série sem ajuste sazonal. As estimativas do mercado variavam entre uma queda de 0,20% e uma alta de 2,5%.

O índice ex-agropecuária subiu 0,28% na comparação interanual, após avanço de 2,11% no mês anterior (revisado de 1,82%).

O IBC-Br da agropecuária também avançou, registrando alta de 4,06%, após crescimento de 4,80% em setembro (revisado de 4,86%).

Nos demais segmentos:

  • Serviços: cresceu 0,80%, após alta de 2,33% no mês anterior (revisado de 1,80%)
  • Indústria: avançou 0,07%, após alta de 2,01% em setembro (revisado de 2,09%)
  • Impostos: registrou queda de 1,51%, após alta de 1,51% no mês anterior (revisado de 1,53%)
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Ricciardi estabelece ainda uma releitura do IBC-Br de outubro em comparação com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) que apresentou desempenho positivo última sexta-feira (12).

Nessa perspectiva, a queda do IBC-Br pode ser explicada pela diferença entre os pesos do PIB e os pesos da PMS, principalmente em relação ao item transportes, que é um dos mais resilientes no ano junto com tecnologia de informação.

O economista observa que queda dos serviços reportado na PMS já revelava uma queda na margem para outubro.

Em geral, Ricciardi considera que o resultado do IBC-Br mostra uma continuidade da divulgação do PIB no terceiro trimestre, principalmente em indústria e serviços, que tiveram desempenho bem mais fraco, o que leva a crer que os efeitos da política monetária estão surtindo efeito principalmente nos itens com maior sensibilidade aos juros.

Já os setores não cíclicos, principalmente a agropecuária, e na divulgação do PIB, a indústria, vêm mostrando um desempenho acima do esperado e sustentado o crescimento do PIB.

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