A venda de café brasileiro para a China cresceu 30,4% no período de janeiro a novembro deste ano em comparação ao mesmo período de 2024. Ao todo, 1.042.980 sacas de café –medida equivalente a 60 kg– embarcaram com destino ao país asiático. No ano passado, esse volume foi de 799.722 sacas. Os dados são do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Eis a íntegra do relatório (PDF – 3 MB).
No consolidado das exportações, o resultado do café brasileiro foi 20,9% inferior ao registrado em 2024. O Brasil embarcou 36,9 milhões de sacas de café ao exterior, enquanto o volume reportado no mesmo período do ano passado foi de 46,7 milhões.
A queda foi motivada pelo recuo dos principais compradores do café brasileiro. Os Estados Unidos, principal destino histórico das sacas brasileiras comprou 32,2% menos do que em 2024. Alemanha, Itália e Japão também diminuíram sua participação.
Entre os países que compõem os 10 principais destinos do café nacional, só China, Japão, Turquia e Rússia aumentaram seu volume de compra, sendo os país asiáticos o que mais aumentaram sua participação.
Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, o principal motivo na queda das exportações foi a defasagem na infraestrutura dos portos brasileiros e os gargalos logísticos. Ferreira disse que 52% dos navios com sacas brasileiras, tiveram atrasos ou alteração de escalas em 2025. O Porto de Santos foi responsável por 78,8% dos embarques para o exterior no período.
Outro fator que impactou as vendas foi o tarifaço norte-americano. De agosto a novembro deste ano, período de vigência das taxas impostas pelos EUA, as exportações de café ao principal parceiro comercial despencaram 54,9% na comparação com os mesmos 4 meses de 2024.
A Casa Branca já reverteu a maioria das barreiras contra produtos relacionados ao café brasileiro. Ferreira disse que a perspectiva com a retirada das sanções é de melhora no fluxo para os EUA, mas que o café solúvel ainda enfrenta uma tarifa cheia dos norte-americanos.
“Após a retirada do tarifaço sobre os cafés arábica, conilon, robusta, torrado e torrado e moído, observamos a retomada dos negócios entre Brasil e EUA, o que implica que deveremos observar melhoras nos números a partir deste mês de dezembro. Contudo, é preciso recordar que o café solúvel, que representa 10% de nossas exportações aos americanos, ainda segue tarifado em 50%, por isso continuaremos trabalhando para que esse produto também seja isento da taxação”, disse Ferreira.

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