O agro segue como um dos principais pilares da economia brasileira. Segundo Guto Gioielli, analista CNPI e fundador do Portal das Commodities, o setor representa 29,4% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando toda a cadeia produtiva.
Dentro da porteira, a produção agrícola corresponde a 8,9% do PIB, enquanto o restante vem da indústria ligada ao campo, logística, exportação e transformação.
“Quando falamos em agro, não é só a fazenda. É tudo o que está em volta: indústria, transporte, insumos e exportação. Se somarmos a cadeia completa, chegamos aos 29,4% do PIB”, explicou Gioielli durante o painel “Agro: A nova mina de ouro”, no Dia do Investidor – Mapa 2026, realizado pelo Monitor do Mercado.
- Outros investidores já estão copiando a operação com café que rendeu R$ 25 mil no mês — saiba como ativar agora o Copy Invest.
Exportações do agro representam quase metade das vendas externas do Brasil
O agro também é responsável por 49,5% de tudo que o Brasil exporta. “A cada US$ 10 que entra no Brasil, quase US$ 5 são do agro”, afirma.
Segundo Gioielli, praticamente metade do saldo comercial vem do setor. Sem ele, o país teria déficit. Os principais destinos seguem sendo China, Estados Unidos e União Europeia. Em relação aos produtos, soja, milho, carne bovina, café e algodão figuram entre os mais enviados ao exterior.
Gioielli destacou que o desempenho recente do PIB brasileiro teve contribuição direta do agronegócio, especialmente após a recuperação da produtividade no campo. “Quando o agro roda bem, ele puxa transporte, puxa indústria, puxa serviço. Nenhuma outra cadeia movimenta tantas pontas ao mesmo tempo.”
- Se quiser acompanhar essas movimentações em tempo real, com explicações simples e direto ao ponto, participe da Sala Trader do Portal das Commodities
Empresas do agro listadas na Bolsa e onde o investidor busca exposição
Guto lembrou que investidores que buscam exposição ao agronegócio na B3 podem acessar o setor por várias frentes. Entre as companhias citadas:
Produção agrícola direta
- SLC Agrícola (SLCE3) – soja, milho e algodão
- BrasilAgro (AGRO3) – compra, desenvolvimento e venda de terras
- Boa Safra (SOJA3) – sementes e melhoramento genético
- Terra Santa (LAND3) – gestão de terras agrícolas
Insumos, energia e papel
- 3tentos (TTEN3) – distribuição de insumos e originação de grãos
- Irani (RANI3), Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) – celulose
- Raízen (RAIZ4) e São Martinho (SMTO3) – etanol e bioenergia
Proteína animal
- JBS (JBSS32), Minerva (BEEF3), MBRF (MBRF3)
Logística
- Rumo (RAIL3) e Hydrovia (HBSA3) – transporte e escoamento
“Nem sempre investir em agro significa comprar empresa agrícola. Logística, fertilizante, proteína, biocombustível e celulose fazem parte da mesma engrenagem”, disse Gioielli.
- Tudo para você se preparar para 2026, com o maior desconto que já fizemos. Garanta já o seu acesso à Trilha da Virada Financeira 2026!
Mercado financeiro ampliou opções para produtores e investidores
Historicamente dependente de crédito rural tradicional, o setor passou a usar instrumentos de mercado para financiar a safra. Entre eles:
- CPR (Cédula de Produto Rural) – capta recurso e é liquidada com entrega do produto.
- CRA e LCA – títulos de renda fixa lastreados no agro.
- FIAGRO – fundos do agronegócio com distribuição mensal e exposição direta ao setor.
“A CPR foi um divisor de águas para o produtor. Ele recebe capital agora e entrega o grão quando a safra chega. Isso deu fôlego para quem planta”, comentou. Sobre o FIAGRO, o analista explicou que o produto “abre portas do mercado ao produtor que nunca acessou bolsa”.
Uma das frentes que cresce no setor é a CPR Verde, que paga ao produtor pela manutenção de floresta e serviços ambientais. “Ele recebe a cada ano pela área preservada, mediante vistoria técnica e registro. Não é doação, é contrato”, disse.
Para onde o agro irá em 2026
Gioielli projetou pontos de atenção para os principais ativos acompanhados pelo mercado:
- Milho: O Brasil vem de safra elevada, com oferta também crescente nos EUA. “Se o clima continuar favorável, podemos ver pressão de preço no início do ano. Mas basta atraso na soja para reduzir área de milho safrinha”, analisou.
- Soja: A irregularidade de chuvas mantém incerteza sobre produtividade. “O que define preço agora é clima e apetite do comprador internacional”, disse Gioielli.
- Boi gordo: Demanda chinesa segue como principal vetor de preço. “Dezembro costuma ter consumo maior. Janeiro e fevereiro geralmente recuam.”
- Café: Produto de volatilidade elevada, influenciado por clima e oferta global. “É uma commodity que se move rápido. Manejo de risco é essencial”, completa o fundador do Portal das Commodities.
O post Agro responde por 29,4% do PIB brasileiro e amplia opções de investimentos apareceu primeiro em Monitor do Mercado.
Isenção de responsabilidade: Os artigos republicados neste site são provenientes de plataformas públicas e são fornecidos apenas para fins informativos. Eles não refletem necessariamente a opinião da MEXC. Todos os direitos permanecem com os autores originais. Se você acredita que algum conteúdo infringe direitos de terceiros, entre em contato pelo e-mail service@support.mexc.com para solicitar a remoção. A MEXC não oferece garantias quanto à precisão, integridade ou atualidade das informações e não se responsabiliza por quaisquer ações tomadas com base no conteúdo fornecido. O conteúdo não constitui aconselhamento financeiro, jurídico ou profissional, nem deve ser considerado uma recomendação ou endosso por parte da MEXC.